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Combate ao fumo em época de pandemia

 

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, oftalmologista explica que danos na visão podem ser irreversíveis

No próximo dia 29, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Criada em 1986 pela lei federal 7.488, a data é de suma importância, especialmente em tempos de pandemia, pois fumar aumenta o risco de desenvolver a forma grave da Covid-19. O que pouca gente sabe é que, além de danificar os pulmões e outros órgãos, o cigarro causa inúmeros malefícios na visão. “Quem fuma ativamente e mesmo aqueles que já pararam, mas tiveram o hábito durante muito tempo, são mais propensos a desenvolverem doenças oculares”, alerta o oftalmologista Henrique Moura de Paula, especialista em oftalmologia geral, glaucoma e catarata, no IOR.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) atestam que o tabagismo continua sendo a maior ameaça à saúde pública no mundo. Para se ter uma ideia, os produtos do tabaco matam dois em cada três de seus consumidores e afetam a saúde de pessoas que não fumam, mas inalam a fumaça. “Os efeitos do fumo são cumulativos e estão associados a um fator de risco para a oftalmopatia de graves, glaucoma, catarata e degeneração macular relacionada à idade (DMRI), dentre outras doenças oculares, que podem se agravar e levar o paciente à cegueira irreversível”, explica o doutor Henrique.

Segundo o médico, o cigarro é uma ameaça silenciosa que potencializa algumas doenças oculares, dentre elas, a Síndrome de Olho Seco. “Quem depende da nicotina pode sofrer frequentemente de irritação, prurido, lacrimejamento e mesmo sensação de corpo estranho nos olhos, que são sintomas dessa condição”, afirma.

Já quem usa lentes de contato e fuma tem que ter cuidado redobrado, pois os olhos são propensos a ficarem mais secos e isso pode agravar o quadro de ressecamento. Vermelhidão e alergias oculares também podem ser provocadas pela fumaça do cigarro. “Como é um produto com muitos componentes nocivos, isso facilita a ocorrência de alergias na região dos olhos”, comenta.

PROTEÇÃO – A retina também pode sofrer sérios danos causados pelo tabagismo. As toxinas do cigarro prejudicam a vascularização dessa parte posterior do olho e aumentam a sua oxidação, o que favorece a degeneração da mácula, podendo causar visão embaçada, distorção e inclusive perda de visão. A mácula responde pela definição de formas, cores, rostos e pela leitura. “Daí a necessidade de protegê-la, pois em casos mais avançados, o hábito de fumar pode desencadear a DMRI, além do surgimento de vasos sanguíneos anormais e causar um prejuízo à visão como um todo”, esclarece o doutor Henrique.

Outra condição que piora muito com o cigarro é a catarata. As substâncias químicas presentes na fumaça têm capacidade de alterar o metabolismo do cristalino, o que acelera o processo natural de opacificação. “É por isso que o fumante pode desenvolver, precocemente, esse problema ocular”, diz o oftalmologista. Segundo ele, para evitar o surgimento ou agravamento de doenças na visão, todo mundo deve fazer um acompanhamento com o oftalmologista, ao menos uma vez ao ano, mas o fumante com mais frequência.

 

Serviço:

Dia Nacional De Combate ao Fumo

Dr. Henrique Moura de Paula

Especialista em oftalmologia geral, catarata e glaucoma

Instituto de Olhos do Recife – IOR

www.ior.com.br

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