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Como encarar a perda auditiva na terceira idade

É importante estarmos alertas: para uma vida saudável na velhice, é fundamental ouvir bem!

Mesmo em tempos difíceis como o que vivemos, não devemos esquecer de cultivar a autoestima, aceitar as limitações que a idade impõe e saber envelhecer, buscando alegria no convívio com familiares e amigos, estando conectado ao mundo. E, para isso, é fundamental mantermos uma boa audição. Só assim podemos participar das conversas, curtir uma boa música e assistir a um programa na TV. Entre todas as dificuldades que afetam a vida do idoso, a surdez é uma das mais cruéis porque pode isolar o indivíduo da vida em sociedade.

As células auditivas morrem com o passar do tempo por causa do desgate natural do corpo. Além disso, hábitos ruins que nos acompanham ao longo da vida, como o de estar sempre em contato com sons altos e ambientes barulhentos, podem agravar a perda de audição. O processo é contínuo. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a perda auditiva, acarretando várias dificuldades no dia a dia. Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova: pessoas que não escutam bem podem ter problemas de relacionamento preferindo o isolamento, o que pode levá-las à depressão e até à demência.

“Há uma forte resistência dos idosos em admitir a surdez. Muitos relutam durante vários anos. O convívio em família fica mais difícil. E entre casais, é um fardo pesado para o marido ou a esposa ter de conviver diariamente com alguém que finge simplesmente que a dificuldade de ouvir não existe. Por isso, abordar o problema e tentar convencer esses idosos a buscar tratamento é a melhor coisa a fazer. Uma das soluções é o uso de aparelhos auditivos, que traz melhoras significativas na comunicação e na qualidade de vida. Então, por que não usar a tecnologia dos aparelhos auditivos, hoje cada vez mais discretos, para viver melhor?”, afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

De acordo com especialistas, a perda de audição começa a partir dos 40 anos. O processo é diferente em cada indivíduo, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária já tem algum grau de dificuldade para ouvir. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de surdez.

“O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso reduza a dependência e resgate a sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já ficou grave. A perda de audição é lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, se não for tratada, atinge um estágio mais avançado”, explica a fonoaudióloga da Telex, que é especialista em audiologia.

A maioria das pessoas começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência – uma conversação contém sons de alta freqüência. Portanto, o primeiro sinal pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho é o mais indicado para cada caso.

“Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada é uma grande aliada. Os modernos aparelhos digitais, bem pequenos, garantem uma boa audição , sem constrangimentos e facilitam, inclusive, a interação com o mundo virtual, por meio de conexão sem fios, com laptops, celulares e outros eletrônicos”, conclui Marcella Vidal.

Dados do IBGE mostram que o número de idosos no Brasil chega a quase 30 milhões – 13% da população; e a expectativa de vida média do brasileiro já passa de 76 anos. Com isso, a população idosa tende a crescer nas próximas décadas, como aponta a Projeção da População, atualizada em 2018. Segundo a pesquisa, em 2043, um quarto da população do país deverá ter mais de 60 anos.

Conheça dez sintomas que podem indicar indícios de perda auditiva:

– Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando;

– Assistir televisão em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo constantemente para aumentar o som;

– Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo;

– Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião;

– Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram;

– Ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone;

– Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa;

– Fazer uso de leitura labial durante uma conversa;

– Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem;

– Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam.

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