Mercado

Construção civil: retomada com novas apostas

O mercado imobiliário começa a dar sinais de que caminha para uma retomada na curva de crescimento. Os números de 2019 ainda não foram os almejados pelo setor; afinal, a economia nacional ainda se ajusta e as incertezas do cenário político ainda deixam os consumidores em alerta. Mas, aos poucos, o mercado vai se ajustando, a confiança vai sendo retomada e as negociações vão avançando.  Os indicadores do IBGE apontam para um crescimento do setor de 2% no segundo trimestre de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado.

Parece pouco, mas, é a primeira alta depois de cinco anos registrando quedas.

Além deste percentual, outros sinais são emitidos mostrando que o aquecimento deve acontecer. O primeiro deles está no número de empregos. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, a construção civil foi a atividade que mais contribuiu com a geração de empregos de janeiro a agosto deste ano. No período, foram criados 593 mil empregos no país. Deste total, 96,5 mil foram registrados pelo setor. Para se ter uma noção do crescimento, no mesmo período de 2018, houve a criação de 568 mil empregos e a construção civil contribuiu com 65,5 mil.

Outro sinal de retomada do mercado vem das construtoras, que já começam a planejar lançamentos. A pernambucana Vale do Ave, por exemplo, espera um 2020 com pelo menos dois produtos lançados. “O ano de 2019 teve momentos em que pareceu que a retomada viria, mas ainda não foi da forma como esperávamos. A confiança do brasileiro ainda não foi retomada e isso interfere nos nossos negócios. Porém, neste final de ano, vimos alguns fatos importantes acontecerem, como a reforma da previdência e juros em queda. O que anima o mercado e faz com que a demanda volte porque as pessoas voltam a especular, a pesquisar e a planejar”, pontua o diretor da Vale do Ave, Zeferino Costa.

Dentro dos lançamentos previstos estão empreendimentos adaptados às novas demandas do consumidor: apartamentos mais compactos e projetos com área de lazer completa. “Os espaços estão diminuindo. Essa é uma tendência da construção civil. Hoje, a preocupação está na área de lazer. As pessoas querem projetos que tenham lazer além da piscina e do salão de festas. É uma tendência porque, hoje, a vida social está sendo mais em casa; então, temos pensado em projetos que deem esse conforto aos clientes para que eles possam ter opções de lazer  sem sair das dependências do edifício”, detalha.

Uma inovação no setor é a entrega de projetos com a oferta de serviços como, por exemplo: coworking, salão de beleza, estação de bicicletas compartilhadas, minimercado, entre outros. “A tendência é juntar todos os serviços em um único lugar. As pessoas querem comodidade. Isso em todas as classes sociais. É claro que, para cada público, temos uma gama de serviços e formatos a oferecer. Mas o futuro é a inclusão dos serviços nos condomínios”, enfatiza Zeferino Costa.

O primeiro projeto do tipo será lançado ainda este ano pela Vale do Ave. Localizado em Boa Viagem, o edifício Avenida chega ao mercado com essa proposta de levar comodidade aos clientes. Será o termômetro. A partir de agora, o mercado, além de retomar a curva de crescimento, tem um produto mais completo para atender os clientes que desejam realizar o sonho da casa própria.

por Rochelli Dantas  Foto: Terra Magazine

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