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Turismo no pós COVID-19 reúne Brasil e França em debate

Numa articulação interinstitucional, Brasil e França se unem para diagnosticar e traçar alternativas para o setor de Turismo no período pós-pandemia. A Embaixada da França no Brasil, o Consulado da França em Recife, as Alianças Francesas de Salvador, Recife e Fortaleza promovem, entre os dias 5 e 7 de maio, um seminário virtual intitulado Turismo Sustentável, os Encontros Franco-brasileiros: uma das respostas à crise provocada pelo COVID-19. O objetivo do evento é discutir soluções para a retomada das atividades do trade turístico regional, nacional e internacional, estimulando uma necessária dinâmica de troca de experiências. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas pelo site projetoturismosustentavel.com.br.

A programação foi definida com base nos resultados de uma pesquisa que traçou um panorama do segmento, na perspectiva de representantes de organizações dos setores do Turismo e da Cultura nos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco. “Esses três dias de mobilização ajudarão a analisar e superar os desafios atuais e co-construir soluções para a crise mundial que enfrentamos”, antecipa Mamadou Gaye, diretor da Aliança Francesa da Bahia.

Com a participação de representantes de organizações dos setores do Turismo e da Cultura do Brasil e França, o ciclo de palestras virtuais abordará temas como: “Para um turismo mais respeitoso ao meio ambiente e às populações locais”, “Como o turismo pode valorizar a cultura nas dimensões simbólicas e financeiras”, “Preparar os profissionais para as novas evoluções do setor do turismo – Formação contínua e inicial”, além de cases do segmento nos dois países. Em sintonia com o atual cenário, a série de encontros será realizada em formato webinar, na plataforma Zoom Meeting.

“O evento não terá um formato vertical. A programação foi pensada para ser dinâmica e atrativa. O espaço para trocas será garantido aos participantes”, destaca Gaye, detalhando que, para cada 20 minutos de fala dos palestrantes, outros 30 serão dedicados à interação com o público. Os participantes que estiverem presentes nos três de evento receberão um certificado.

Pesquisa traça panorama dos impactos da crise no Turismo Cultural

Na região que ostenta grandes acervos do Patrimônio Histórico, manifestações populares e belezas naturais, o Turismo Cultural foi o mais afetado pela pandemia no Nordeste brasileiro. O indicador foi obtido a partir de pesquisa realizada entre os meses de julho a dezembro de 2020, junto a representantes de organizações dos setores do Turismo e da Cultura nos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco. Realizado pela Embaixada da França no Brasil, o Consulado da França em Recife, as Alianças Francesas de Salvador, Recife e Fortaleza e o Grupo de Pesquisa Logos Comunicação Estratégica, Marca e Cultura, o levantamento buscou compreender os impactos da crise e como os profissionais das áreas de cultura e turismo estão implementando soluções e criando perspectivas de enfrentamento à situação atual.

No relatório, 81,48% dos participantes avaliam que o segmento cultural experimentou maiores prejuízos, seguido pelo Turismo de Experiência (57,61%) e o Turismo Religioso com 53,9% das respostas em uma questão de múltipla escolha. No período de aplicação da pesquisa, a maioria dos atores do trade acreditava que a retomada do setor seria efetivada ao longo de 2021 (53,7%), sendo a articulação entre o poder público governamental, iniciativa privada e organização da sociedade civil fundamental para definir as diretrizes e estratégias de aquecimento do setor.

A criação de editais voltados a segmentos específicos de turismo e cultura (74,07%), o acesso a créditos para adequação das condições do setor aos novos (60,49%), além da capacitação (curta duração) e a formação continuada (longa duração) dos profissionais do trade turístico e agentes culturais (58,64%) estão entre as principais soluções indicadas pelos entrevistados para contornar os efeitos da pandemia. Embora a expectativa de retomada seja, no primeiro momento, creditada ao turismo interno, as ações de atração voltadas ao mercado internacional precisam levar em conta um fator fundamental: o conhecimento de idiomas estrangeiros. “Estamos em um mundo globalizado. Aqui em Fortaleza, os profissionais quase não falam outro idioma. Pelo menos, o inglês, é fundamental. Isso é um ponto de carência do turismo de massa”, Marc Ellul, diretor da Aliança Francesa de Fortaleza.

A amostra da pesquisa foi de 264 respondentes, sendo esta constituída por representantes de organizações dos setores do Turismo e da Cultura. O levantamento contou com uma etapa quantitativa (aplicação de questionários) e também qualitativa, com a realização de nove grupos focais (três para cada Estado), com a participação de representantes de organizações da sociedade civil, governo e empresas. “Com a pesquisa foi possível ter uma melhor visibilidade da situação e da expectativa dos atores do setor. Juntar profissionais dos dois países permitirá consolidar os laços e pensar no desenvolvimento de projetos estruturantes entre França e Brasil para o Nordeste”, destaca Amina Mazouza, diretora executiva da Aliança Francesa de Recife.

Serviço:

O quê? Turismo Sustentável, os Encontros Franco-brasileiros: umas das respostas à crise provocada pelo COVID-19.

Quem? Realizado pelo Consulado Geral da França para o Nordeste e Alianças Francesas do Ceará, Pernambuco e Bahia.

Quando? Dias 5, 6 e 7 de maio, das 9h às 13h15, no Brasil, e 14h às 18h15, na França.

Como? Evento em formato webinar, na plataforma Zoom. As inscrições já podem ser feitas pelo site: http://projetoturismosustentavel.com.br/

Quanto? Gratuito

 

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