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Vacinação acelerada soluciona problemas na saúde e economia

Diante do agravamento da pandemia no Brasil, com a falta de leitos de UTI em vários estados e a vacinação andando a passos curtos, a saúde passa por um momento crítico. Por conta disso, diversas medidas restritivas estão sendo adotadas por estados e munícipios para conter a transmissão descontrolada do novo coronavírus. Mas tais medidas, enquanto ajudam a salvar vidas, desafogando a demanda por leitos nos hospitais, trazem um impacto à economia porque as pessoas ficam em casa e consomem menos.

Frente a esse dilema entre saúde e economia enfrentado pelos governos, Paulo Alencar, economista e professor do Centro Universitário UniFBV, entende a vacinação acelerada da população contra a covid-19 como solução para os dois problemas. “Se você vacina mais rápido, as pessoas vão se sentir mais confortáveis para voltar a trabalhar; vão se sentir mais seguras para ir para o shopping, e aí vão começar a consumir”, explica o economista. Com pouco mais de 5% da população vacinada em Pernambuco e no Brasil, projeções apontam que se a vacinação continuar nesse ritmo, a maior parte dos brasileiros só estará imune por volta de dois anos.

O professor de economia também chama a atenção para as consequências dessa lentidão, já que com pouca segurança quanto à própria saúde as pessoas consomem menos. Com o baixo consumo as indústrias e setor de serviços também produzem e vendem menos, reduzindo o quadro de funcionários. A solução para essa questão acaba sendo a união de esforços para acelerar a imunização dos brasileiros: “vacinando, as pessoas vão se sentir mais seguras, vão voltar a abrir os estabelecimentos, vão voltar a consumir, e o governo também vai se sentir mais seguro porque o número de pessoas em leitos de UTI pelo coronavírus também vai diminuir”, projeta o economista.

A alta ocupação de UTIs, além de um cenário trágico para a saúde, também preocupa os setores econômicos pela incerteza quanto à retomada segura das atividades. Com novas variantes do vírus circulando livremente pelo Brasil e o risco de surgimento de outras, cresce uma insegurança entre a população quanto às atividades econômicas. Isso reflete especialmente no setor de serviços, que tendem a ser mais frequentemente presenciais, enquanto o comércio consegue suprir a falta de demanda presencial através do e-commerce.

O auxílio emergencial em 2020 também contribuiu para dar ânimo à economia e aumentar a demanda por serviços e produtos. Neste ano, o auxílio, que já foi de 600 reais, será de 250 reais. O economista Paulo Alencar atribui a queda no valor às baixas reservas financeiras do governo brasileiro, e reforça que a população deve continuar com os cuidados e ficar em casa para evitar o prolongamento da pandemia. “Se a gente precisar de um terceiro auxílio, vai ser muito menos. A solução está na vacina, sem dúvidas”, explica

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