Artrose no joelho: uso da gordura do próprio paciente ajuda a regenerar a cartilagem

Dor crônica no joelho, inchaço, dificuldade para apoiar o peso do corpo e limitação da mobilidade são alguns dos sinais que podem indicar artrose no joelho. Um estudo realizado pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, aponta que, aproximadamente, 1 bilhão de pessoas sofrerá com artrose em 2050. No Brasil, 15 milhões de brasileiros têm diagnóstico de artrose, segundo dados do Ministério da Saúde, sendo responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho.

“A osteoartrite, também conhecida como artrose, é uma doença inflamatória e degenerativa que afeta as articulações que suportam maior carga, sendo os joelhos o principal alvo. O desgaste das cartilagens intensifica o atrito entre os ossos, resultando em desconforto, dor, inflamação e deformidades, além de limitar ou até impossibilitar o movimento da articulação. Em alguns casos, as pessoas podem ser assintomáticas e receber o diagnóstico com base em sinais radiográficos da doença”, explica o ortopedista Leonardo Monteiro, especialista em joelho.

Quais os tratamentos para artrose?

Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios
Injeção articular ou infiltração do joelho com corticoides e ácido hialurônico
Terapia física
Cirurgia de substituição total do joelho com uma prótese
Terapia biológica com a gordura do próprio paciente

Terapia biológica no tratamento da artrose

“A terapia biológica utiliza a gordura do próprio paciente, que é rica em células-tronco, para ser injetada no joelho do paciente, ajudando na reparação dos tecidos devido ao seu efeito antiinflamatório. Dessa forma, é possível regenerar cartilagem do joelho e recuperar a mobilidade dos pacientes”, destaca o ortopedista especialista em joelho Leonardo Monteiro.

O especialista explica que a gordura é coletada por meio de uma lipoaspiração de áreas ricas em gordura, depois é processada, fragmentada e filtrada para retirar as impurezas e as substâncias sem função regenerativa e só então é injetada no joelho do paciente. “O procedimento é minimamente invasivo, com uma recuperação mais rápida para o paciente, e todo o procedimento é realizado no mesmo dia, de forma relativamente rápida. A quantidade de células-tronco encontradas na gordura é maior do que na medula óssea”, aponta Leonardo Monteiro.

Quais os principais fatores de risco para a doença?

Idade acima de 50 anos
Sexo feminino
Obesidade e sedentarismo
Trabalhos que forçam as articulações cronicamente
Atividades esportivas de alto impacto
Traumas nas articulações e deformidades ósseas
Doenças articulares prévias, como gota ou artrite reumatoide
Predisposição genética
Diabetes mellitus

“Apesar de a artrose também estar associada a fatores genéticos e hormonais, o estilo de vida desempenha um papel importante em seu desenvolvimento. Por isso, a prevenção por meio de hábitos saudáveis é fundamental, incluindo uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos”, destaca Leonardo Monteiro, ortopedista especializado em joelho.

Leonardo Monteiro é médico ortopedista especialista em joelho, membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e membro da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia Esportiva. Atende na Ortoclínica, no Real CTO, do Hospital Português, no Memorial Traumato Ortopedia, do Hospital Memorial São José e na Clifor Olinda.

@dr.leonardo_monteiro