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Com capital de R$ 950 bilhões, Grupo MAG inaugura moderna base em São Paulo e lança projeto de olho nas favelas pernambucanas

O Grupo MAG, especialista em vida e previdência, parte do Grupo holandês Aegon, inaugurou, na cidade de São Paulo, a segunda sede da empresa, em comemoração aos 190 anos de atuação no Brasil. O novo espaço, situado na região da Faria Lima, considerado o coração financeiro do país, possui mais de quatro mil metros quadrados e dois andares, com terraços e jardins projetados pelo paisagista de alma pernambucana, Roberto Burle Marx. A estrutura chega a fim de atender a todas as verticais do grupo, com 13 empresas no portfólio, que possui o capital segurado superior a R$ 950 bilhões, conquistou uma arrecadação de R$ 3,2 bilhões, registrando uma alta de 16% no último ano, e pagou cerca de R$ 862 milhões em benefícios aos clientes. A novidade está agora no olhar atento às periferias, com plano de expansão incluindo o Grande Recife.

A proposta, afirma o CEO, Helder Molina, vai além da inclusão financeira. Segundo ele, a companhia quer estimular um ciclo sustentável de renda, formação profissional e cidadania, ampliando o impacto social do seguro. “Expandir não é apenas crescer. É evoluir com inteligência, respeitando as raízes e se abrindo ao novo – com a coragem de quem acredita e com a solidez de quem constrói. É uma projeção que vai de uma ponta a outra deste país, abraça também o nosso tão valoroso Nordeste e nasce para somar às nossas conquistas, à nossa cultura e às nossas conexões com colaboradores, clientes e parceiros. A nossa certeza é de que proteger o futuro é agir no presente”, destaca Molina, lembrando o processo de retrofit, ao qual o prédio paulista foi submetido, algo que deve ser espelhado em outras capitais.

Parceira do Grupo MAG, a Aegon International foi representada por seu CEO, Marco Keim, que destacou a confiança no mercado brasileiro. “Queremos entregar o melhor aos nossos clientes. Esta inauguração marca não apenas uma nova estrutura física, mas também uma nova fase da nossa aliança. Temos um país plural, repleto de particularidades, que pode ser abraçado de diversas formas, em variadas faixas de renda”, disse. Ele também comemorou a junção comemorativa com a renomada escola de culinária, Le Cordon Bleur, assinando a gastronomia do novo espaço “Café MAG”, que ocupa a cobertura do edifício. Na prática, o segmento de seguros representa 6% do PIB nacional. No primeiro bimestre de 2025, o mercado registrou crescimento de 11,8%. Para ele, a essência está em utilizar as inovações como ferramentas de inclusão e personalização do acesso.

Seguro também é coisa de Favela
Em diálogo com a Central Única de Favelas (CUFA), a MAG abraçou a iniciativa inédita, batizada de Favela Seguros, tornando-se a primeira seguradora neste eixo do Brasil. A ideia é alinhar o desenho do modelo de negócio com as necessidades e demandas desse público. O objetivo é ter cerca de 50 mil segurados oriundos destas áreas das cidades. Os próprios moradores passarão por treinamento para se tornarem corretores de seguros e viabilizar a venda aos demais habitantes. A estimativa é pela criação de mais de 100 mil postos de trabalho, fazendo recircular a moeda dentro das próprias famílias.

Em Pernambuco, o último censo mostra que 1.091.289 pessoas vivem em favelas e comunidades urbanas. Isso equivale a 12% dos 9.058.931 moradores do estado. Somente no Grande Recife, são 1.016.388 pessoas, o que equivale a 26,9% da população que vive na região metropolitana da capital. Neste território, o percentual de pessoas em favelas é três vezes superior à média nacional de 8,1%. Segundo o IBGE, Pernambuco tem 849 favelas, ao todo. O número é o terceiro maior do país, atrás apenas de São Paulo, com 3.123, e do Rio de Janeiro, com 1.724. Estes dois últimos estados já estão em operação como pilotos, de onde deve partir a força-tarefa para as localidades locais, projeção que inclui a distribuição hoje ocupada no Recife (40%), Jaboatão dos Guararapes (26%), Olinda (10%), Cabo de Santo Agostinho (10%) e Paulista (5%), além de mais 17 cidades espalhadas pelo território do estado.

“Nosso estudo mostra que 71% dos trabalhadores das favelas são autônomos e enfrentam incertezas diárias. O seguro não é para quem tem muito, mas para quem pode perder tudo. A oferta de seguros de vida, proteção ao desemprego, telemedicina, acidente temporário e funeral é fundamental para garantir que essas famílias tenham a proteção necessária para continuar empreendendo e sustentando seus lares com dignidade”, explica Geraldo Coelho, líder de relações institucionais da Favela Seguros, lembrando a necessidade de amparo às mães solos, por exemplo. Ele também é autor do livro Favelismo: A revolução que vem das favelas.

Mercado em Pernambuco
Considerando o primeiro trimestre de 2025, no mercado de Seguros de Pessoas, Pernambuco encontra-se em 11º colocado em arrecadação, representando cerca de 1,97% do total brasileiro, com R$ 841 milhões. O cenário, considera a oferta por seguradoras independentes (não vinculadas a bancos), com cerca de R$ 108 milhões. Nesta esteira, mais de 50% da arrecadação no estado encontra-se divido entre os ramos de Vida (1391) e VGBL (1392), sendo somente o ramo de Vida representando 32,5%.

Com a grande significância do ramo de Vida, bem como posição relevante nos planos tradicionais, a MAG se consolida como a segunda maior seguradora independente em Pernambuco, com uma arrecadação de R$ 17,8 milhões. No período de 2022 até 2024, a MAG aumentou sua participação em arrecadação, saindo de 14% para 16%, além de apresentar um crescimento de 77,4%, enquanto o mercado de independentes cresceu apenas 55% no mesmo período.


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