Especialista alerta para cuidados com alimentação e álcool no São João entre pessoas com doenças hepáticas
As festas juninas são, para muitos, sinônimo de fartura à mesa, alegria e tradição. No entanto, para pessoas que vivem com doenças hepáticas, esse período exige atenção redobrada com a alimentação e, sobretudo, com o consumo de bebidas alcoólicas. O alerta é do hepatologista Pedro Falcão, que reforça a importância de celebrar com moderação, especialmente para quem tem histórico de problemas no fígado.
“Os alimentos típicos do São João, embora saborosos, costumam ser ricos em açúcar e gordura, o que pode agravar o quadro de quem tem esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, principalmente quando associada a diabetes ou obesidade”, explica o médico. Ele destaca que pratos como canjica, pamonha, bolo de milho e outras delícias devem ser consumidos com cautela, sempre considerando as condições clínicas de cada paciente.
Além da alimentação, o álcool é outro ponto de atenção durante os festejos. O médico é enfático ao dizer que indivíduos com diagnóstico de fibrose hepática, cirrose ou hepatites virais crônicas (hepatite B e C) devem evitar completamente o consumo de bebidas alcoólicas, sobretudo aqueles que estão em tratamento. “Nessas condições, o fígado já está comprometido. O álcool pode acelerar a progressão da doença e levar a descompensações graves, como hemorragias, por exemplo,” alerta.
Segundo o especialista, mesmo quem tem quadros leves de disfunção hepática deve conversar com seu médico antes de participar de festas com grande oferta de comidas e bebidas. “Celebrar é importante, mas saúde vem em primeiro lugar. Com orientação adequada, é possível aproveitar o período sem correr riscos desnecessários”, afirma.
Pedro Falcão reforça que o autocuidado é um pilar do tratamento das doenças hepáticas e que momentos como o São João devem ser vistos como oportunidades para praticar escolhas conscientes. “A cultura nordestina é rica, diversa e pode ser aproveitada de forma saudável. O segredo está no equilíbrio”, conclui.
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