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Fastback Abarth do asfalto ao aeródromo

O escorpião da Abarth voltou a picar, e comigo ele fez isso em plena BR-101. Peguei o Fastback Abarth para um dia de estrada até o Aeródromo Coroa do Avião, onde entrevistei o comandante Adriano e estacionei o SUV ao lado do imponente Piper M500. Foi o cenário perfeito para descobrir o que esse Abarth realmente entrega fora das fichas técnicas.

Nos primeiros quilômetros, o Fastback Abarth mostra por que não passa despercebido, ainda mais na cor vermelha. A silhueta de coupé, meio polêmica e meio “BMW X4 versão brasileira”, funciona muito bem quando a proposta é chamar atenção. E chama.

Esta nova versão traz um facelift discreto, com a grade redesenhada e o nome ABARTH estampado com destaque, acompanhado do escorpião estilizado que funciona quase como um broche de identidade. As rodas aro 18 têm acabamento totalmente escurecido e, nesta geração, não exibem mais os detalhes vermelhos. As pinças de freio também seguem o mesmo visual preto. A traseira mantém o difusor integrado e o ronco mais grave, reforçando que não se trata de um Fastback comum.

Por dentro, a proposta se mantém fiel ao espírito da marca. Os bancos têm desenho esportivo e abas laterais pronunciadas, o couro recebe costuras vermelhas e o escorpião aparece nos pontos certos do acabamento escurecido. Nada exagerado, mas com a personalidade que o público Abarth espera.

Sob o capô está o conhecido 1.3 Turbo Flex T270, que entrega 185 cv no etanol (180 cv na gasolina) e 27,5 kgfm de torque a apenas 1.750 rpm, sempre acoplado ao câmbio automático de seis marchas. Nenhuma revolução foi feita aqui, e nem precisava. A pegada continua parecida com a da linha anterior, com suspensão firme, direção direta e pneus de perfil esportivo. Na prática, isso significa curvas sólidas, boa precisão e um comportamento que diverte sem comprometer o conforto.

O modo Poison, acionado no volante, transforma o pedal do acelerador em uma espécie de botão da maldade. Ele altera o mapa do acelerador e deixa o carro mais rápido nas respostas, aquele tempero emocional que dá sentido ao escorpião no capô. Não transforma o Fastback em um esportivo puro, mas garante diversão diária em boas doses.

Segundo dados oficiais, o Fastback Abarth acelera de 0 a 100 km/h entre 7,6 s (etanol) e 8,0 s (gasolina). O destaque está na forma como ele entrega essa força. O ronco encorpado e a resposta imediata fazem parecer que há mais potência do que os números sugerem.

O consumo fica dentro do esperado, com 10,3 km/l na gasolina na cidade e 13,1 km/l na estrada. Nada milagroso, mas totalmente aceitável para um SUV com sangue quente.

No pacote tecnológico, o modelo oferece faróis full LED, central multimídia de 10,1 polegadas com espelhamento sem fio, alerta de colisão frontal e frenagem automática.

Depois das fotos ao lado do M500 no aeródromo, o retorno ainda teve um charme especial com a travessia de balsa entre Nova Cruz e Maria Farinha.


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