Fios caindo ou sem internet? Neoenergia dá ultimato às operadoras no Recife
E por falta de aviso não foi. A Neoenergia Pernambuco notificou todas as 127 operadoras de telecomunicações que atuam no Recife, concedendo um prazo de 30 dias para que regularizem suas redes. A operação de ordenamento já está em andamento em grande parte da cidade.
A Neoenergia já deixou claro que, após o prazo, cabos sem autorização, desnivelados ou fora dos padrões exigidos serão removidos. Porém, o receio de muitos é que as operadoras de telecomunicações não se movimentem a tempo para reorganizar suas redes, o que pode resultar na interrupção de serviços essenciais, como internet, telefonia e TV a cabo.
Essa ação, que faz parte do Programa de Prevenção de Acidentes para o Carnaval 2025, tem como objetivo remover fios e equipamentos irregulares ou mal instalados, eliminando riscos de acidentes. A grande pergunta que surge para os moradores e comerciantes do Grande Recife é: o que será mais importante – conviver com fios caindo nas calçadas ou correr o risco de ficar sem internet por conta da retirada desses fios?
Marzzo, comerciante do bairro do Pina, comentou sobre a importância da ação: “É essencial para evitar acidentes com veículos grandes que derrubam os fios nas ruas. Ninguém quer fios caindo sobre as calçadas”. No entanto, ele também destaca a necessidade de as operadoras agirem com rapidez para que os serviços não sejam afetados. “Essa intervenção é necessária, mas minha preocupação é com a falta de resposta das operadoras. Se elas não fizerem sua parte após os cortes, como vai ficar nossa internet?”, questiona.
Os consumidores que forem prejudicados pela demora na normalização dos serviços de internet, telefonia ou TV a cabo, após a intervenção da Neoenergia para regularização dos fios, podem solicitar compensações e até danos morais junto às operadoras. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor e as resoluções da Anatel, em casos de interrupção prolongada, as empresas são obrigadas a oferecer abatimento proporcional nas faturas e podem ser responsabilizadas judicialmente por eventuais prejuízos causados aos clientes.
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