Julho Amarelo reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce das hepatites virais
O mês de julho é marcado por uma campanha de mobilização em saúde pública conhecida como Julho Amarelo, que tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento das hepatites virais. Causadas por diferentes tipos de vírus, as hepatites A, B, C, D e E afetam o fígado e, muitas vezes, se desenvolvem de forma silenciosa, sem sintomas aparentes nas fases iniciais.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil notificou mais de 718 mil casos confirmados de hepatites virais entre 2000 e 2022, sendo a hepatite C a mais prevalente entre adultos, com risco elevado de evolução para doenças hepáticas crônicas.
Para o hepatologista Pedro Falcão, é fundamental reforçar o papel da testagem e do acompanhamento médico como ferramentas de controle e combate à doença. Ele destaca que muitas pessoas convivem com o vírus sem saber, o que aumenta o risco de complicações e de transmissão. “A hepatite viral, especialmente a do tipo C, pode permanecer assintomática por décadas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar que o quadro evolua para cirrose ou câncer de fígado. Felizmente, hoje contamos com exames como a elastografia hepática, disponível na rede privada e no SUS, que ajudam a identificar o grau de comprometimento do fígado de forma não invasiva e precisa”, afirma o especialista.
A campanha Julho Amarelo também reforça a importância da vacinação contra as hepatites A e B, disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde. Já para a hepatite C, o tratamento avançou nos últimos anos, com medicamentos altamente eficazes e com poucos efeitos colaterais. O Ministério da Saúde disponibiliza testes rápidos, que permitem o diagnóstico em poucos minutos, e medicamentos gratuitos para pacientes diagnosticados.
Além de ações educativas e campanhas de testagem, o Julho Amarelo é uma oportunidade de estimular o debate sobre saúde pública e reduzir o estigma em torno das hepatites. A detecção precoce continua sendo o principal aliado na luta contra essas infecções que, embora silenciosas, têm cura ou controle quando tratadas a tempo.
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