ArquiteturaDestaque

Sala Motriz – Casa Cor Pernambuco 2019

O homem move o espaço e o espaço move o homem. A partir desta premissa apresentamos formas de ocupação do espaço, onde o sentido do todo se dá pelo conjunto das partes, bem como, o jogo de luz e sombra, a passagem do tempo, os efeitos cromáticos, as texturas, os materiais, a curadoria de objetos e a finalização participam ativamente da experiência total de fruição do espaço formatado.

O espaço foi concebido como uma sala versátil onde o usuário é convidado às atividades de convivência, contemplação, trabalho, leitura e confraternização. Distribuída em 34,00m² a Sala Motriz instiga o visitante a refletir sobre seu modo de vivenciar os espaços e a forma de se relacionar com eles.

A sala conta com atmosfera contemporânea onde as paredes envelopadas por painéis de madeira aquecem e emolduram a cena junto à iluminação pontual que confere conforto e efeito cênico para as obras e o mobiliário exposto. Muita arte popular, livros antigos, taças e copos de variadas épocas, telas e esculturas de artistas pernambucanos, decoração afetiva de nosso acervo, galhos secos, presença da madeira e materiais que propiciam aconchego.

Nossa intenção foi propiciar acolhimento e conforto visual ao visitante da mostra. A madeira aquece e abraça o espaço, o branco traz calmaria e reforça a sensação de conforto.

Piso e tapete em tons de cinza criam uma base neutra para receber peças garimpadas pelos arquitetos como a “Cadeira Cariri” assinada por Andrea Borgogni, a “Cadeira Face” do Zanini de Zanine, a “Mesa Arara” e o “Banco Itá” assinados por Fernando Ancil, a icônica “Cadeira Golem” de Vico Magistretti que ganha cena de destaque no projeto da dupla, bem como a “Cadeira Anel” de Ricardo Fasanello junto ao “Banco Sedimentos” de Rodrigo Ambrósio e Domingos Tótora. Luminárias de Jader Almeida pontuam o cenário e criam ambiência para os diversos usos propostos para o espaço.

Toda marcenaria do ambiente é desenho do escritório, executada pela Casttini. Os moveis soltos são de parceiros que costumamos trabalhar e que amamos o desenho das peças. Destaque para as peças de Fernando Ancil da Marcenaria Olinda presentes no espaço como a Mesa Arara e o Banco Itá. Ainda iremos falar e ouvir muito sobre o trabalho dele que é incrível.

A iluminação, toda em led, foi pensada para dar destaque às obras expostas. Temos iluminação pontual que banha a estante bem como telas e esculturas presentes na cena. Uma luminária linear acompanha e ilumina a obra de Renato Valle de 4,80m além de abajures que compõem os cantinhos da sala.

A sala conta com um políptico do artista plástico Renato Valle composto por 384 desenhos, que estabelece conexões entre obra e visitante além de telas de Alexandre Nóbrega, Kilian Glasner, José Cláudio e Jorge Souza. O espaço apresenta ainda esculturas de Cristiano Lenhardt e Marcelo Silveira.

Apresentamos ao público um espaço com nossa identidade projetual. Adoramos tudo que ali foi inserido, muito de nosso acervo pessoal inclusive. Em mostras temos a liberdade de nos apresentar por inteiro, sem interferências secundárias. A Sala traz uma mensagem de viver de forma espontânea em um espaço gostoso de morar. Ser despojado pode ser chique, acreditamos nisto e ofertamos nosso olhar sobre o tema.

Conforto e praticidade em ter tudo à mão é sempre um mote dos nossos projetos. Resgatar peças e juntar à outras com mesma tipologia e material dão força e personalidade ao espaço. Sempre será tendência enaltecer os artistas populares e na Sala Motriz é possível conhecer o trabalho de alguns deles junto à peças assinadas por artistas plásticos e designers premiados.

 

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