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Ser voluntário impacta positivamente na saúde e no bem-estar

A maior colônia de férias para autistas no Brasil – promovida pelo Instituto do Autismo (IDA) com oito mil vagas gratuitas – está chegando ao fim nesta sexta-feira (dia 26). A experiência vivenciada durante todo o mês de julho valoriza não só as crianças e adolescentes autistas, mas também um trabalho que vem ganhando cada vez mais força na sociedade: o voluntariado. “Ser voluntário ultrapassa a doação de tempo e de habilidades. É um compromisso que impacta profundamente quem está se doando e quem recebe aquela atenção, além da experiência que o voluntário leva para a vida pessoal e profissional”, afirma o diretor geral do instituto, Kadu Lins.

Além do trabalho desenvolvido por todos os profissionais colaboradores do IDA, as atividades também contaram com o apoio de cerca de mil voluntários inscritos, que receberam orientações e capacitação. Na opinião de Kadu Lins, o voluntariado está ligado à missão do IDA. “Somos um instituto voltado ao cuidado das pessoas e também à conscientização da inclusão social. Então valorizar o voluntariado é essencial para reconhecer o poder transformador que cada voluntário possui para contribuir com um futuro mais inclusivo”. No segmento da saúde para os autistas, o voluntariado não apenas oferece suporte prático e emocional, mas também promove a inclusão e a compreensão da diversidade neurocognitiva.

Uma das voluntárias na colônia de férias foi Priscila Oliver, 40 anos, formada em Psicologia na área clínica infantil e que, há alguns meses, recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). “As crianças autistas sofrem muito preconceito no dia a dia e eu queria muito dar minha contribuição para proporcionar momentos de diversão para elas, além de querer vivenciar essa experiência. Ser voluntária é ter uma mudança de olhar”, comenta.

Sobre o diagnóstico de autista, Priscila acredita que a descoberta confirmou que ela está no caminho certo. “Receber o laudo foi bem impactante, mas o meu diagnóstico confirmou ainda mais o meu propósito de vida. Estar na colônia como voluntária também teve esse lado, de uma pessoa com autismo estar ajudando crianças autistas”, completa.

A psicóloga Clea Ribeiro, 37 anos, também está se sentindo realizada com a sua primeira experiência como voluntária na colônia de férias do IDA. “O que me motivou a participar foi poder ter mais conhecimento com as crianças e os adolescentes autistas e, de certa forma, poder ajudá-las com o pouco que posso. Gostei muito da experiência, em poder conversar com as famílias e entender um pouco da história de vida delas”, salienta Clea.

O estudante de Pedagogia Luiz Carlos Lima e Silva, 28 anos, resolveu se inscrever como voluntário após alguns amigos já terem vivenciado a experiência. “Eu quis me permitir isso, mudando algumas formas de pensar, principalmente na questão de servir o outro. Para mim foi fantástico, aprendendo mais sobre a atividade clínica, conhecendo novas pessoas, além de ser muito gratificante proporcionar um momento especial para as famílias. Estou bem feliz”, comenta Luiz.

A estudante de Psicologia Alice Alves, 21 anos, também participou da colônia de férias do Instituto do Autismo por estímulo de uma amiga. “Fiquei bem motivada porque queria viver essa experiência na prática, já que na faculdade não vivemos isso. Além disso, eu gostaria de auxiliar em tudo que fosse necessário para fazer o dia de todas as crianças repleto de alegria e inclusão. Foi uma experiência sensacional, fiquei encantada com o trabalho incrível que vi no instituto. Saí de lá com uma bagagem de experiência para a vida”, ressalta Alice.

Benefícios de ser voluntário:
– Estudos têm demonstrado que o voluntariado está ligado a melhorias na saúde mental e bem-estar emocional dos voluntários;
– O senso de propósito e conexão social que acompanha o serviço voluntário pode reduzir o estresse e aumentar a resiliência emocional;
– O sentimento de contribuição para o bem-estar coletivo traz uma profunda satisfação pessoal;
– O voluntariado proporciona oportunidades únicas de desenvolvimento pessoal e profissional;
– Habilidades como empatia, trabalho em equipe e resolução de problemas são constantemente aprimoradas, beneficiando tanto o voluntário quanto a comunidade atendida.


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