Simone traz ao Recife show de encerramento da turnê “Tô Voltando”
O último ano foi de celebração pura para Simone: 50 anos de carreira comemorados em uma
turnê de sucesso, um prêmio e homenagem no Grammy Latino 2023, uma colaboração com
Ney Matogrosso e sua estreia em festivais. Grata pela conexão com o tradicional e novo
público, a artista anuncia agora as datas finais da turnê “Tô Voltando”. No Recife, ela se
apresenta dia 17 de agosto, no Teatro Guararapes – mesma casa que, lotada, assistiu ao show
em maio do ano passado. Ingressos já estão à venda na Sympla e na bilheteria do teatro.
“Tô Voltando” celebra os 50 anos de carreira da cantora, percorrendo – clássico por clássico,
hit por hit – sua imensa trajetória como uma das maiores intérpretes da música brasileira. O
roteiro faz um apanhado das grandes canções que a artista lançou nessas cinco décadas: joias
escritas por nomes como Milton Nascimento, Ivan Lins, Sueli Costa, João Bosco, Martinho
da Vila, Gonzaguinha e Chico Buarque, entre tantos outros, cujas primeiras versões
ganharam o Brasil por meio da voz de Simone, conquistando logo nossa memória afetiva e
entrando para sempre no cancioneiro nacional. O espetáculo tem direção musical de Pupillo
e direção geral de Marcus Preto, que também assina este texto de apresentação.
Dona de um dos mais belos timbres vocais do país, Simone criou em torno de si um universo
absolutamente particular na nossa cultura. Sua voz personalíssima soube costurar
perfeitamente a tradição e a modernidade, o cool e popular, fazendo pontes e criando
trampolins. Revelou compositores e descortinou clássicos esquecidos. Tratou com igual
compreensão estética a melodia mais intrincada de Francis Hime e a balada mais romântica
de José Augusto. Esses aspectos banharam sua discografia, construída sobre a pluralidade de
ritmos, de estilos e de gêneros que sempre pautou a música do Brasil. Evidentemente, toda
essa diversidade estará em cena nas comemorações dos 50 anos em “Tô Voltando”.
O título do show, aliás, reflete tantas e tantas voltas, pessoais e coletivas, por que todos
passamos nos últimos anos. O mundo está voltando à rua e à alegria pós-pandemia, período
em que Simone fez 37 lives dominicais que tão bem fizeram a ela própria e a quem a assistia.
No Brasil, tivemos Carnaval e estamos voltando à ideia de um caminho democrático, do
respeito pela ciência, pela educação e pela cultura. Mas, no caso específico de Simone, há
mais um sentido nessa “volta”. A artista está voltando a si em seu filme pessoal e
profissional, rebobinando toda a sua história e celebrando o caminho iniciado em março de
1973, a partir do álbum “Simone”.
Em uma retrospectiva desse quilate, é fundamental que estejam presentes as memórias mais
reluzentes desses 50 anos, materializadas em canções como “O Que Será (À Flor da Terra)”
(Chico Buarque), “Jura Secreta” (Sueli Costa/ Abel Silva), “Começar de Novo” (Ivan Lins/
Vitor Martins), “Encontros e Despedidas” (Milton Nascimento/ Fernando Brant), “De Frente
pro Crime” (João Bosco/ Aldir Blanc) e, claro, “Tô Voltando” (Maurício Tapajós/ Paulo César
Pinheiro). Também está no roteiro sua primeira interpretação de Simone para “Divina
Comédia Humana”, canção que Belchior escreveu para a cantora lançar em “Face a Face”
(1977), mas que acabou ficando de fora do álbum.
A banda de “Tô Voltando” conta com um time primoroso de jovens músicos que, sob a batuta
de Pupillo, atualizaram os arranjos sem que se perdesse as características – solos,
introduções – que são tão memoráveis quanto as próprias letras e melodias. Quem
acompanha Simone são Fábio Sá (baixo), Filipe Coimbra (guitarra e violão), Chico Lira
(teclados), Ronaldo Silva (bateria) e André Siqueira (percussão). Neste show, a cantora
inaugurou sua parceria com a Nascimento Música, empresa de seu amigo de toda vida,
Milton Nascimento, administrada pelo filho dele, Augusto Nascimento.
SOBRE SIMONE – Nascida em Salvador no Natal de 1949, Simone estreou como cantora
profissional em 1973. De lá para cá, gravou 31 álbuns de estúdio e seis ao vivo, alguns
produzidos especialmente para o mercado internacional. Teve quase 50 canções em trilhas
de novelas e incontáveis hits em listas das mais tocadas no país. Em 1979, lançou o
excepcional “Pedaços”, álbum que a colocou definitivamente no panteão das maiores
intérpretes da história da música brasileira. A partir de meados da década de 1980, não havia
álbum de Simone que não batesse as 400 mil unidades vendidas. Já nos anos 1990, o
temático 25 de dezembro bateu 1,5 milhão de cópias em menos de dois meses – e segue no
posto de álbum natalino mais ouvido do país. Nos anos 1990 e 2000, dedicou discos e
espetáculos a Martinho da Vila e Ivan Lins, dois de seus compositores prediletos. O álbum de
estúdio mais recente, “Da Gente”, foi lançado no ano passado e jogou luz sobre a nova
geração da música nordestina. No palco, Simone também bateu recordes. Um bom exemplo
é seu espetáculo de 1982, que lotou nove apresentações no Ginásio do Ibirapuera (SP), em
três semanas seguidas, com cerca de 15 mil pessoas por noite. Como personalidade
extra-musical, Simone ditou moda e comportamento, expandindo padrões estéticos e sexuais
e abrindo o caminho para mulheres de sua geração e das posteriores – artistas ou não.
“Tô Voltando” é a festa que celebra toda essa história. Que comemora tantos sonhos já
sonhados e tantos voos já voados pela Cigarra em 50 anos de carreira. Mas também é o
primeiro de tantos voos e sonhos que ela ainda vai realizar. Começar de novo, sempre.
SERVIÇO
Simone em “Tô Voltando”
Dia 17 de agosto, às 20h
Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco
Informações:
Ingressos:
Plateia Especial: R$ 280 e R$ 140 (meia)
Plateia: R$ 260 e R$ 130 (meia)
Balcão: R$ 200 e R$ 100 (meia)
À venda no site CeconTickets e na bilheteria do teatro
Link: https://cecontickets.com.br/simone-to-voltando__1907
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