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Emagrecimento com saúde: como tratar o excesso de peso com estratégia, ciência e segurança

O Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia silenciosa: o avanço da obesidade. De acordo com o Ministério da Saúde, mais da metade da população adulta brasileira está com excesso de peso e, desse total, cerca de 26% são considerados obesos. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o índice de obesidade mais do que triplicou nas últimas duas décadas. Os números preocupam não apenas pelo impacto estético, mas principalmente pelo risco aumentado de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemias, apneia do sono e esteatose hepática.

Diante desse cenário, cresce a busca por soluções de emagrecimento mais eficazes, porém seguras. O desafio, segundo especialistas, está em conciliar resultados sustentáveis com a saúde do paciente, respeitando suas individualidades e oferecendo acompanhamento multidisciplinar.

Para o médico especialista em nutrologia, Dr. Vinícius Valença, que atende pacientes com foco em emagrecimento e saúde metabólica, a saída está na personalização do tratamento. “Não existe uma fórmula mágica. O tratamento precisa levar em conta o histórico clínico, hábitos alimentares, níveis de estresse, qualidade do sono, atividade física e até o estado emocional do paciente. O emagrecimento eficaz é sempre multifatorial”, alerta.

Ele explica que, nos últimos anos, a ciência tem contribuído com recursos que podem acelerar o processo de perda de peso, mas que devem ser usados com responsabilidade. Um exemplo recente é o Mounjaro (tirzepatida), uma medicação originalmente aprovada para o controle do diabetes tipo 2, e que vem se mostrando eficaz também na perda de peso. “A tirzepatida atua em dois receptores intestinais, promovendo saciedade e melhora do controle glicêmico. Mas é importante dizer que seu uso para emagrecimento ainda é considerado off label no Brasil e exige prescrição médica”, alerta o Dr. Vinícius.

Segundo estudos clínicos publicados em revistas como o New England Journal of Medicine, pacientes que utilizaram a tirzepatida apresentaram perdas de até 22,5% do peso corporal, desde que associadas a mudanças no estilo de vida. Ainda assim, o especialista reforça que a medicação não substitui os pilares clássicos do emagrecimento. “Alimentação de qualidade, prática regular de exercícios e acompanhamento profissional são indispensáveis. Nenhum remédio sozinho entrega saúde a longo prazo”, afirma.

Outro ponto importante é que o excesso de peso nem sempre está ligado apenas a “comer demais”. Questões hormonais, genéticas, inflamatórias e até emocionais podem influenciar diretamente na dificuldade de emagrecer. Por isso, evitar o julgamento e buscar ajuda qualificada são passos essenciais para quem deseja mudar com segurança. “A obesidade é uma condição médica complexa, não uma falha de caráter”, destaca o nutrólogo, acrescentando que quando tratamos o paciente com escuta ativa, empatia e base científica, conseguimos promover saúde com resultados reais e sustentáveis.

Com a chegada de novos tratamentos, mais informação e menos tabu, o caminho para o controle do peso pode se tornar mais acessível — desde que guiado com responsabilidade, ética e planejamento.

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