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Recife e Olinda recebem 16ª edição do Festival de Circo do Brasil

Recife e Olinda recebem, entre os dias 15 e 20 de novembro, a 16ª edição do Festival de Circo do Brasil, um dos mais importantes eventos do calendário cultural de Pernambuco. Este ano os espetáculos serão aportados no Teatro Santa Isabel, na Casa Estação da Luz (a Casa de Alceu Valença) e no Poço da Panela. O evento tem incentivo do Sistema de Incentivo à Cultura da Prefeitura do Recife, Funcultura e Governo do Estado de Pernambuco.

Com o tema Harmonia, o festival deste ano é um grande encontro de artistas mulheres do circo. Será um espaço para as circenses apresentarem o seu olhar feminino na construção harmônica dos seus trabalhos artísticos após o período de isolamento imposto pela pandemia. Paralelamente à programação cultural, acontecerão a residência das artistas e vivências circenses para profissionais e estudantes do circo, além das tardes férteis, momentos para troca de saberes e experiências nos processos criativos e fortalecimento das pautas femininas.

Ao todo serão 14 espetáculos com artistas de várias nacionalidades, como Brasil, Bélgica, França, Suíça, Itália e Argentina. Na programação, ainda tem exposição de arte, exibição de filmes, feirinha do circo e lançamento de livro. Mantendo a tradição de uma formação eclética no elenco, o Festival irá apresentar atrações que vão desde números de palhaçaria, feitos nas ruas, a espetáculos de concepção contemporânea, que combinam técnicas circenses com teatro, dança, poesia, música e humor.

“Essa edição é focada no encontro e na residência essencialmente de mulheres circenses que se conectaram durante a pandemia. Iniciou-se, literalmente, num grupo de WhatsApp. Grupos que construíram novos trabalhos e artistas com o desejo de trazer o protagonismo feminino e de temas femininos para as discussões sobre a produção da arte circense”, explica a curadora, Danielle Hoover, da Luni Produções, que está à frente do Festival desde a sua primeira edição.

Exposição e Filmes – Coração Costurado é a exposição da multiartista ítalo-brasileira Rose Zambezi, que estará disponível durante todo o período do festival, na Casa Estação da Luz. Parte das obras da apresentação foram previamente idealizadas e outra parte foi elaborada durante período de introspecção pessoal da artista, no isolamento social imposto pela pandemia. Como uma forma de escape e de acolhimento às suas lembranças, Rose transformou memórias em objetos palpáveis em sua forma mais pura: coração.

No espaço cultural, de 15 a 20 de novembro, também serão exibidos filmes produzidos pelas artistas Natasha Jascalevich e Marina Bombachini, durante a pandemia, e pela Festival de Circo Contemporâneo (Fecico). No dia 16, acontecerá o lançamento do livro Manual de Trapecio Fijo, da circense argentina Erica Stoppel. A publicação traz orientações para o trapézio fixo, formando um guia de apoio a formação prática profissional.

Residência e vivências – O 16º Festival de Circo do Brasil vai promover residência das artistas e vivências para estudantes e profissionais de circo. Autonomia criativa com Lu Lopes, Circo para 60+ com Carol Melo e Contato com Rose Zambezi são três vivências que acontecerão na Casa Estação da Luz, em Olinda.

A multidisciplinar Pauline Zoé vai ministrar vivência de roda cyr. Já a especialista em bicicleta acrobática, que já se apresentou em 28 países, Jéssica Arpin, abordará os princípios da movimentação na bicicleta acrobática. As artistas Iara Gueller, Erica Stoppel e Luara Bolandini estão à frente da oficina de corda em giro. Essas três vivências acontecerão na Escola Pernambucana de Circo, na Macaxeira.

As outras duas vivências serão aportadas no espaço Casulo, em Casa Amarela, e serão sobre a técnica, dinâmicos e pesquisa da lira, sob comando de Iara Gueller, e comicidade no tecido, com Geisa Helena. Todas as vivências são gratuitas e tem vagas limitadas.

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