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“Falta de atenção e hiperatividade de crianças podem ser resolvidos com um óculos”, alerta oftalmologista

A maioria das escolas voltam às aulas no início de fevereiro. Ainda dá tempo dos pais levarem os filhos para fazerem um check-up oftalmológico antes da retomada do período letivo. A atenção aos olhos é muito importante para as crianças, pode ser um alerta para determinadas atitudes dos pequenos.

“Terminamos rotulando as crianças com falta de atenção e hiperatividade, mas às vezes é simplesmente uma falta de óculos. A criança não consegue prestar a atenção na aula e perde o interesse por não estar enxergando, acaba se frustrando. As férias são o período ideal para o check-up, pois o aluno vai começar o período escolar sempre com a visão bem cuidada. Muitas escolas exigem o parecer oftalmológico, isso é muito importante”, destacou a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura.

De acordo com a médica, os problemas mais comuns atualmente entre as crianças são a miopia e astigmatismo, causadas principalmente pelo uso exagerado de telas, como celulares e tablets. Catarina alerta também sobre a importância de visitas regulares ao oftalmologista. O primeiro contato acontece logo nos primeiros 30 dias de vida, com o teste do olhinho. Depois, retornos a cada seis meses até os dois anos de idade. E então, a consulta deverá ser anual, como com qualquer pessoa.

“A gente termina deixando a saúde da criança esperando a queixa, e muitas vezes o pequeno não vai informar que não está enxergando, pois ela não tem uma referência do que é enxergar ou não enxergar. Ela vai mostrar isso no seu comportamento. Às vezes não prestando atenção na sala de aula, não compreendendo o conteúdo, andando mais próximo do quadro para poder enxergar. Então, muitas vezes, os professores têm de estar atentos para comunicar aos pais essa questão”, acrescentou Catarina.

“Estamos neste momento de muito celular e tablets, que a visão da criança fica muito de perto. O mundo da criança é de perto, então não identificamos os problemas nos planos iniciais. A gente vai ver necessidade muito tempo depois, e aí podemos perder o tempo de tratamento, uma vez que o olho da criança se desenvolve até os oito anos de idade”, concluiu a oftalmologista do IOFV.

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