Saúde

Candidíase de repetição: como evitar o problema no verão?

A ginecologista Israelina Tavares aponta que hábitos de vida saudáveis são essenciais para fortalecer a imunidade e evitar a proliferação do fungo

 

Coceira, dor e vermelhidão na região íntima, ardência ao urinar, dor durante a relação sexual e corrimento são sinais comuns para quem sofre com candidíase. O problema ainda é mais recorrente durante o verão devido ao calor e aos longos períodos de utilização de biquínis e maiôs em praias e piscinas que criam um ambiente úmido, favorável à instalação da candidíase. Uma pesquisa científica divulgada no ano passado pelo Núcleo de Telessaúde Santa Catarina aponta que a candidíase vulvovaginal recorrente afeta aproximadamente 138 milhões de mulheres por ano em todo o mundo. A maior prevalência é observada em mulheres de 25 a 34 anos.

“A candidíase é provocada pelo fungo cândida que já habita a vagina e, por algum fator ou vários fatores associados, se prolifera. Os fatores que influenciam vão desde hábitos de higiene inadequados, uso de roupas apertadas, estresse, imunidade baixa, consumo de alimentos inflamatórios e também alterações hormonais. Especialmente no verão é importante estar atenta ao uso de roupas de banho molhadas por tempo prolongado, já que  associado ao aumento da temperatura e da umidade cria um ambiente propício para o crescimento do fungo. Quando a mulher apresenta pelo menos quatro episódios de candidíase no ano, consideramos candidíase de repetição”, explica a ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima.

O diagnóstico de candidíase é feito através de exames laboratoriais e avaliação clínica realizada por um ginecologista. Durante as crises, o tratamento é realizado com antifúngicos por via oral ou creme. Uma outra alternativa é o tratamento com laser de CO2. “Para minimizar as crises, podemos utilizar o laser e fortalecer o sistema imunológico com a aplicação de imunoestimulantes. O laser CO2 vai agir na mucosa vaginal estimulando a produção de lactobacilos, bactérias boas, que vão melhorar o ph vaginal, diminuindo a recorrência das crises. O procedimento não é doloroso e, em geral, são necessárias três sessões, uma a cada 30 dias”, explica a especialista Israelina Tavares.

A ginecologista enfatiza que é possível prevenir a candidíase através de hábitos de vida saudáveis. “A prática de exercícios físicos, uma alimentação não inflamatória com restrição de glúten, açúcares e laticínios, uma higiene íntima adequada, uso de roupas leves, sono adequado e manejo do estresse são medidas importantes para evitar a candidíase de repetição. Vale lembrar que essas mesmas medidas também devem ser seguidas por quem está em tratamento da candidíase, associadas ao uso dos medicamentos, já que são importantes para otimizar a imunidade e estar com os hormônios em equilíbrio”, aponta a ginecologista Israelina Tavares, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima.

Israelina Tavares é médica ginecologista, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM), possui Residência Médica em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pós-graduação em Rejuvenescimento Íntimo e Estética Genital pelo Instituto Lapidare (SC).  É referência em cirurgia estética íntima, laser íntimo e reposição hormonal.

instagram: @draisraelinatavares  

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