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Coco do Vale passa a investir no segmento de óleo de coco

A Coco do Vale, uma das maiores empresas de beneficiamento do coco no Brasil, está dando início a mais uma linha de produção, com o objetivo de alcançar novas fatias dos mercado interno e externo com o óleo de coco. A estratégia da empresa mira não apenas o setor da gastronomia, mas também todo o crescente segmento de saúde e beleza, especialmente no Brasil, Estados Unidos e Europa. O novo produto, que será disponibilizado nas opções virgem, extra-virgem e sem sabor, se junta a um variado catálogo que inclui embalagens e versões diversas de água de coco, coco ralado e leite de coco.

Segundo relatório do Banco do Nordeste, a produção mundial de coco, em 2019, foi de 62,9 milhões de toneladas. O Brasil é o quinto maior produtor mundial, atrás da Indonésia, Filipinas, Índia e Sri Lanka. O estudo mostra que em 2019, as exportações mundiais somaram US$ 3,6 bilhões, O óleo foi o principal derivado de coco transacionado no mercado mundial, com a participação de 60,0% (exportação) e 57,4% (importação).

O CEO da Coco do Vale, Carlos Viegas, explica que a nova linha de óleo de coco reforça a empresa no mercado B2B e varejista, nacional e internacionalmente. A empresa hoje está presente em todas as regiões do País, consolidando parcerias com as principais grandes redes varejistas e atacadistas. “Nosso nível de compromisso com o cliente engloba todas as etapas, desde os cuidados no cultivo do coqueiral, passando pelo processamento, produção industrial e finalmente a entrega na porta dos nossos parceiros”  afirma.

Ele ressalta os diferenciais da Coco do Vale, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade e responsabilidade social. Suas práticas de proteção ao meio ambiente incluem reutilização de água nas irrigações, reflorestamento de espécies nativas e controle de pragas por meio de técnicas naturais. Mais de 20% de toda a área é composta por reserva legal e preservação ambiental.

O controle de pragas da plantação é realizado de maneira natural, com a utilização de feromônios e frutas que atraem insetos para armadilhas, que são distribuídas pelo coqueiral. Esse tipo de controle elimina o uso de inseticidas. A casca do coco é utilizada como adubo orgânico, servindo também para reter a umidade do solo, reduzir a infestação de ervas daninhas, o que reduz o uso de defensivos agrícolas, além de funcionar como uma barreira natural contra erosões. Além disso, como explica Viegas, a companhia utiliza os próprios resíduos do coco (casca e endocarpo), como combustível na geração de vapor da fábrica, evitando a compra de madeiras. Ele explica, ainda, que há um criatório de  abelhas recolhidas em todo o coqueiral: “isso tem um importante papel na produtividade do coqueiral e preservação ambiental, através da polinização.

Todos os produtos comercializados são provenientes de áreas de cultivo próprias, localizadas no município de Lucena, na Paraíba. Como toda a fabricação é realizada dentro de suas instalações, com a plantação ao lado da fábrica, é possível garantir o controle da qualidade e a rastreabilidade do produto. O processo de envasamento acontece em um tempo menor. E por ter esse domínio da produção, a água de coco vem de frutos jovens, que asseguram consistência e frescor. Além do óleo, da polpa e da água, o coco fornece vários outros produtos não utilizados diretamente em sua produção, a exemplo da casca verde (Matéria-prima para adubos, estofados, artigos de decoração e até mesmo produção de energia), o endocarpo (aquela parte marrom, que é usada como combustível em caldeiras) e as folhas (utilizadas no artesanato).

Com quatro décadas de atuação, a Coco do Vale hoje colhe e processa mais de 2,4 milhões de frutos ao mês, colhidos em uma área de 2.600 hectares.  São mais de 250 toneladas de coco ralado processados mensalmente. A empresa é o maior empregador do município de Lucena (PB), local de cultivo do coqueiral.

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