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Governança e estratégia empresarial: cuidado com modismos e fórmulas mágicas

Atuando com consultoria empresarial há mais de 30 anos, desenvolvendo estratégias, montando planejamentos para clientes e discutindo com gestores sobre as melhores práticas a serem adotadas na condução das empresas, na TGI já vivenciamos muitas mudanças e adaptações a novos cenários, mas algo que nos têm preocupado bastante é o que chamamos de “modismos”. São tentativas de aplicação de conceitos, como o de governança, sem critérios claros e como uma fórmula pronta. Falar de governança dentro de uma empresa é algo que precisa ser bem planejado e negociado, sobretudo nos turbulentos e disruptivos tempos em que estamos vivendo.

As práticas de governança são essenciais para a competitividade empresarial, porém precisam ser implantadas de forma customizada, para cada caso em especial. A partir da observação dos riscos a que as empresas que embarcam nessas soluções ditas “prontas” estão submetidas, decidimos montar um workshop para que pudéssemos abordar esse conteúdo de forma mais aprofundada, na perspectiva de reverter a percepção de que implantar um modelo de governança “não dá certo” ou “é muito complicado”. Já nos deparamos com situações em que o empresário se desanima com a ideia de desenvolver o modelo de governança para a sua empresa. Isso acontece por causa de modelos “prontos” muito distantes da sua realidade, o que gera apenas perda de recursos essenciais, como tempo, dinheiro e energia.

O workshop ‘A Estratégia é Produto da Governança’ será realizado no dia 28 de maio, na sede da TGI Consultoria, sob a coordenação dos sócios Francisco Cunha, Fábio Menezes e Luciana Almeida, com o objetivo de apoiar as empresas pernambucanas a partir da reflexão sobre a distinção adequada de conceitos tão relevantes para a competitividade empresarial, como governança e gestão, e também estratégia e planejamento estratégico. A experiência tem demonstrado que a estratégia empresarial deve ser discutida e formulada no âmbito da governança (pelos controladores) e os encarregados pela gestão devem desdobrar as diretrizes estratégicas em planos, também com a metodologia adequada, para a sua execução. Os gestores ficam também com a responsabilidade de prestar contas aos controladores do negócio.

O desenvolvimento adequado da governança e da gestão estratégica pode ser decisivo para o futuro empresarial na medida em que reforçam a sua competitividade. Uma organização que implanta um modelo de governança adequado, capaz de favorecer o acompanhamento do negócio pelos controladores e promover a reflexão e formulação estratégica, integrado a um modelo de gestão estratégica, capaz de planejar de acordo com as diretrizes dos controladores e executar bem o que foi deliberado, estará muito mais preparada para conquistar o seu futuro desejado.

Fábio Menezes, consultor e sócio da TGI Consultoria

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