Redação nota mil: prática e construção de repertório sociocultural são essenciais
Tira a nota máxima na redação é o sonho da grande maioria dos estudantes que estão se preparando para o vestibular, afinal, ela é uma das partes mais importantes e de maior peso nas provas, além de uma das mais complexas. Não por acaso, são poucos os brasileiros que conseguem “fechar” a redação, tanto do ENEM quanto dos vestibulares tradicionais, mas esse é um desafio que pode ser contornado.
Com o início do ano letivo, o momento, para os estudantes, é de organização da dinâmica de estudos, e a redação deve ser incluída nesse cronograma como uma das prioridades. “Durante muito tempo, estudar redação significava apenas compor um texto. Hoje, entende-se que, para conquistar um bom resultado, é preciso um pouco mais de esforço, já que uma redação de sucesso é a composição de uma série de fatores”, afirma Eduardo Pereira, professor do Colégio CBV.
Segundo o docente, o grande segredo para chegar à nota máxima é impressionar o leitor entregando tudo o que a banca examinadora espera. E entregar com alto rendimento. “Primeiro, o aluno precisa conhecer as regras do jogo e as exigências de cada banca. ENEM e UPE, por exemplo, exigem algumas competências diferentes, então é preciso saber o que entregar e a quem para atingir as notas mais altas”, completa.
A compreensão e adequação ao tema proposto e o cumprimento da norma culta da língua portuguesa são competências importantes a serem atendidas. Porém, o professor alerta que não basta apenas acertar na gramática. “O aluno deve ter domínio linguístico, para que não erre e comprometa a nota, mas também precisa saber fazer construções sintáticas mais complexas e usar um vocabulário mais sofisticado. O uso correto de conectivos, preposições e pronomes relativos são bem vistos no texto”, explica.
Outra competência tem relação com o repertório sociocultural do candidato. “Indico sempre que o aluno comece o ano letivo colocando como meta ampliar o seu capital intelectual. Vale assistir filmes, séries, documentários, ler livros. Tudo isso vai ajudar e muito na construção de um repertório amplo. Mas não basta só nisso. Tem que fazer anotações, colocar no papel suas impressões, fazer análises, encontrar as problemáticas e pensar em propostas para resolvê-las”, completa.
Para o professor, uma dica infalível é ler redações que já tiraram nota máxima em outros exames, estudar suas construções e estratégias e tentar reproduzi-las com suas próprias palavras e argumentos. “A prática é o que leva à perfeição. Então, o aluno precisa estar, constantemente, treinando seu texto. Claro que ninguém consegue escrever uma redação todo dia, mas ajuda e muito tentar colocar no papel, diariamente, um parágrafo sobre assuntos diversos – saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia – e formatar um banco de dados interessante para consultas futuras”, indica.
Pratique Redação – Para incentivar ainda mais a prática da redação, o CBV incluiu no seu Ecossistema de Aprendizagem Inovador (EAI) a disciplina eletiva “Pratique Redação”, um laboratório virtual, extraclasse, onde os alunos encontram propostas de temas, fazem suas redações e apresentam aos corretores. Com as correções feitas e feedbacks estruturados de acordo com as correções das provas oficiais, a proposta é que os estudantes reescrevam os textos a partir das observações feitas pelo corretor. No cronograma, os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio farão 16 redações ao longo do ano. Já os alunos do 3º ano terão 18 temáticas diferentes para produzir.
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