Saúde

Sonambulismo: especialista alerta para esse distúrbio do sono

Com certeza você já ouviu falar em alguém que acorda no meio da noite, começa a conversar ou mesmo caminhar por dentro de casa. Esse cenário é o que caracteriza o sonambulismo, quando o indivíduo embora pareça estar acordado, encontra-se num estágio intermediário entre a vigília e o sono, com o cérebro ainda dormindo. Dados do Instituto Brasileiro do Sono, apontam que a faixa etária em que o fenômeno se manifesta com mais frequência é durante a idade escolar. Entre as crianças de 5 a 12 anos de idade, estima-se que de 15% a 30% tenham apresentado algum episódio de sonambulismo na vida.
Segundo o neurologista e especialista em medicina do sono, Igor Figueiredo, a grande característica do sonambulismo é que o paciente acorda durante a noite e sai da cama, podendo apenas caminhar por poucos segundos pelo quarto ou chegar a sair de casa. Outras características do sonambulismo é o fato do indivíduo se apresentar confuso durante o episódio e não se recordar do ocorrido no dia seguinte. “Um dos pilares do tratamento do sonambulismo é a orientação aos familiares. É importante que quem convive com um sonâmbulo esteja ciente de que ele não se encontra consciente naquele momento. Portanto, não devemos tentar acordar uma pessoa durante um episódio de sonambulismo, pois ela pode reagir de forma inesperada e acabar causando um acidente, podendo se machucar ou até machucar outros indivíduos”, alerta o médico.
Ainda de acordo com o médico, o sonambulismo, normalmente, está relacionado a situações que levem a um sono fragmentado. “Períodos de privação de sono, uso de substâncias estimulantes próximas ao horário de dormir ou até mesmo outros transtornos do sono podem precipitar um episódio de sonambulismo”, explica. Entre os riscos para o paciente durante o estágio do sonambulismo é acabar ocasionando um acidente, como bater a cabeça contra um móvel ou cair de uma escada.
DIAGNÓSTICO – Segundo o médico neurologista, Igor Figueiredo, o diagnóstico do sonambulismo é clínico. “Quando um indivíduo apresenta episódios em que ele acorda durante a noite, sai da cama, se encontra confuso durante esse período e não se recorda adequadamente do ocorrido, podemos pensar na possibilidade de se tratar do sonambulismo”, diz.
TRATAMENTO – “Na grande maioria das vezes optamos por um tratamento não farmacológico, com organização de uma rotina regular de sono, evitando períodos muito prolongados de vigília. Além disso, medidas de higiene do sono, como evitar substâncias estimulantes próximas ao horário de dormir e ajuste do ambiente para um sono de qualidade. Em casos refratários, em que os episódios de sonambulismo persistem, avaliamos a possibilidade de tratamento com medicamentos, que vão variar a depender de cada caso”, esclarece o médico.

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