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VW celebra 50 anos do Brasília com uma unidade preservada e nunca emplacada

A Volkswagen está comemorando o cinquentenário do Brasília, o icônico modelo compacto que popularizou o segmento de hatches no Brasil. O carro, que se destacava de qualquer outro VW em produção no Brasil ou na Alemanha, teve todo o processo de desenvolvimento, desde o projeto de estilo da carroceria aos protótipos, a cargo de engenheiros e técnicos brasileiros.

Com mais de um milhão de unidades emplacadas, o Brasília fez sucesso não apenas no Brasil, mas também globalmente, sendo exportado para mais de 25 países. E, para marcar a comemoração, a Volkswagen está mostrando uma unidade especial: uma das últimas produzidas, em 1982, que nunca rodou fora da Fábrica Anchieta e tem menos de 500 quilômetros no hodômetro.

O Brasília 1982, pintado na cor metalizada Verde Mármore e nunca emplacado, está preservado na Garagem VW. Ostenta acendedor, bancos dianteiros com encosto para a cabeça e desembaçador traseiro. O interior apresenta revestimento vinílico nas portas e laterais de bancos, detalhes em madeira no painel e até um simpático relógio do lado esquerdo do quadro de instrumentos.

O primeiro passo no projeto do Brasília foi a definição preliminar do estilo do veículo, aprovado pelo então presidente da Volkswagen, Rudolf Leiding, e fruto do traço do designer Marcio Piancastelli. As dimensões inovadoras do para-brisa dianteiro marcaram a estética do veículo, o qual tinha seu tamanho baseado nas proporções do brasileiro médio.

O Brasília era conhecido por suas linhas retas e equilibradas, inaugurando uma nova tendência estilística para o automóvel brasileiro. Ainda atraía os amantes de viagens pelo amplo porta-malas dianteiro de 135 litros e pelo bagageiro interno, que oferecia 273 litros com a possibilidade de expandir para até 970 litros.

Seu motor 1.600 cm³ de 60 cv era responsável por sua performance, com uma versão posterior com dois carburadores, elevando a potência para 65 cv. O modelo ainda contava com características de segurança como painel acolchoado, freios a disco na dianteira, trava especial no capô dianteiro e estrutura desenvolvida para absorver a energia cinética em caso de colisão.

Exportado para mais de 25 países, incluindo México, Venezuela, Portugal e Nigéria, o Brasília se despediu em março de 1982, deixando uma legião de fãs que persiste até os dias atuais. A memória do “avô” do Volkswagen Polo é motivo de celebração e inspiração para os futuros projetos da VW.

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