Festival No Ar Coquetel Molotov, sábado: horário dos shows e tudo sobre o evento
A décima nona edição do No Ar Coquetel Molotov, que acontece no dia 19 de novembro, tem um gosto especial de volta pra casa. Por quase uma década o Câmpus da UFPE foi a sede do festival e agora volta a ser, numa ocupação de espaço nunca antes imaginada.
Serão quatro palcos, que se dividirão entre a Concha Acústica e a área exterior da universidade, marcando o regresso do formato de grande festival que o Coquetel Molotov é, com um line-up diverso, que mistura artistas já consagrados com o que acabou de estourar na internet, além de trazer de volta os que têm uma ligação especial com o festival e tentar atender os muitos pedidos do público, não deixando de fomentar a cena local.
Ao longo dos últimos dois meses o festival anunciou nomes como Letrux, que traz a participação especial de Supla, que se apresenta pela primeira vez no Recife, Rico Dalasam, Flora Matos, Marcos Valle, Don L, Jup do Bairro, Brasil Grime Show e Jovem Dionísio. Mas estes foram apenas alguns artistas que fazem parte da programação de mais de 16h de evento com mais de 30 apresentações (horários dos shows estão no serviço abaixo).
Atrações – Entre as novidades do lineup final, as gêmeas Tasha & Tracie, ativistas periféricas apontadas como uma das grandes revelações do rap nacional. Únicas brasileiras indicadas ao BET Hip Hop Awards 2022, elas também concorrem na categoria dupla do ano do Prêmio Multishow e acabaram de se apresentar no Rock in Rio. As irmãs foram as primeiras brasileiras a figurarem no portal Afropunk e também participaram da versão nacional de uma das webséries da conceituada revista ID.
Giovani Cidreira traz todo o afrofuturismo de Nebulosa Baby, segundo disco lançado no ano passado, focado no experimentalismo de uma sonoridade eletrônica minimalista, ligada à música orgânica e à tradicional canção brasileira, celebrada em seu primeiro álbum, Japanese Food (2017).
Vinda do Reino Unido com apoio do Edital Cultura Circular, Glor1a é descendente de nigerianos, jamaicanos e escoceses e inspirada pela ficção científica e folclore africano, usa essas estruturas para criar arte que desafia a sub-representação de mulheres queer de cor nesses gêneros. Seu trabalho se encontra na intersecção de música, arte e tecnologia, e adora usar isso para criar novas atmosfera sonoras por meio de colaborações emocionantes. Glor1a ainda se foca na negritude e na interseccionalidade de sua existência através do deslocamento de uma mistura de mulher queer nigeriana e britânica crescendo no Reino Unido em meio aos distúrbios raciais de Bradford no início dos anos 90.
Eles não querem um frontman, nem precisam de um. Eles também não gostam da estrutura verso/refrão em suas músicas, nem precisam disso. Em sua página no Facebook, eles listaram Francis Bacon como sua principal influência e “pós-George Orwell” como seu gênero. Vindo de Saint-Ouen, nos subúrbios do norte de Paris, The Psychotic Monks não tem medo de ser diferente e fazer as coisas do seu jeito. Os quatro membros da banda se reuniram em 2015 e desde então nunca pararam de evoluir em torno das infinitas possibilidades do rock. Com o apoio da Embaixada da França no Brasil, o festival traz uma das apresentações mais quentes da cena francesa contemporânea com direito a muito rock psicodélico, garage rock, post-rock, pós-punk, rock experimental e noise rock.
O festival também destaca apresentações únicas como o encontro da Orquestra Jovem de Pernambuco com Karina Buhr abrindo a programação do Palco Natura. O show é uma bela homenagem ao maestro Rafael Garcia, fundador da orquestra, falecido no ano passado, além de celebrar os 30 anos do movimento manguebeat.
Reforçando sua vocação de celeiro para as novidades, o Coquetel Molotov traz pela primeira vez para Recife a baiana Melly, que vem se destacando com seu trabalho inspirado no soul e R&B, no alto dos seus 20 anos. Além das influências do jazz, blues e soul, ela bebe na fonte do samba-reggae, trap, pagodão, do toque Ijexá e da percussão.
Cantora do povo Tikuna, a maior nação indígena do país, Djuena é uma artista da Amazônia, da região do Alto Solimões. Nasceu em Umariaçu, onde o rio “banzeira as fronteiras” do Brasil, Peru e Colômbia. Djuena (“a onça que pula no rio”) canta a cultura do seu povo, mantendo viva a sua história. Seu canto de luta e resistência tem sido exemplo para as novas gerações que como ela “segue parte de um caminho que outros seguirão”.
Com uma carreira iniciada em 2018 no YouTube, Ivyson já soma mais de 250 mil ouvintes mensais em uma das plataformas digitais com sua mistura de indie rock com maracatu. No show do Coquetel Molotov, ele propõe um momento especial, com a participação de Louise França, filha de Chico Science.
Flertando com o brega e bregafunk com influências contemporâneas, com beats mais eletrônicos e elementos do funk carioca, UANA começou a ter uma grande projeção com shows, clipes e singles marcantes nos últimos dois anos. “Venho me reinventando musicalmente, fazendo novas parcerias musicais e experimentando dentro do gênero brega, que é um universo com muitas possibilidades, com muita gente criando e renovando o mesmo”, reforça a cantora.
Do Espírito Santo vem Budah, com múltiplas influências que vão do R&B ao samba, do soul ao trap, em uma marca que já atinge mais de 3 milhões de ouvintes mensais em uma plataforma digital e destaques para apresentações marcantes, como a do projeto Colors.
Nascido e criado em Olinda, Léo da Bodega teve contato desde cedo com a Cultura Popular e ao passar dos anos se envolveu em vários projetos artísticos, musicais e sociais. Com ideia de misturar toda essa vivência artística com um gênero mais atual, Leo lançou em 2020 um trabalho que vem com batidas de Trap junto com amigos/beatmakers/produtores locais. Agora com uma levada mais puxada pra Disco e R&B, Leo da Bodega lançou “Fica essa Noite”, confirmando sua versatilidade.
Formado pelos ícones do bregapop recifense Anderson Neiff e Danilo Chatinho, Os Neiffs vem conquistando milhares de fãs nas redes sociais com seus hits dançantes. Com batidas de bregafunk, autotune, roupas descoladas e muitas coreografias, Os Neiffs são verdadeiras celebridades da periferia de Pernambuco. O projeto surgiu em 2020 e coleciona sucessos como sucessos como “É incomparável” e “Desce e sobe”.
“Tem sido um desafio realizar mais uma edição neste retorno. É um quebra-cabeça entre criar uma programação diferente do que vem rolando nos outros festivais com as dificuldades de captar recursos em um projeto no Nordeste, em um estado que não tem Lei de Fomento e Incentivo Fiscal com mecenato. Mas isso tem sido a nossa energia motora para fazer acontecer e ter mais um ano histórico. Voltar para a nossa casa na UFPE será emocionante”, revela Ana Garcia, diretora do festival.
Palco Kamikaze – Com a curadoria de Libra, o palco eletrônico traz um recorte fresco da cena atual com apresentações de MC Carol, que fez uma apresentação apoteótica na última edição espanhola do festival Primavera Sound; do duo Taxidermia, composto pela união bombástica de Jadsa com João Milet Meirelles (BaianaSystem); o tecnomelody, tecnobrega e eletrotecno de Miss Tacacá, travesti paraense que se apresenta pela primeira vez no Recife.
Neste palco, o público também vai vibrar com Makeda, que traz um set recheado de Afrohouse, Afro Tech e Kuduro; todo o experimentalismo que passa pelos mais diversos gêneros do underground eletrônico na apresentação de KENYA 20hz; o projeto Brasil Grime Show, que traz pro holofote novos nomes da cena local convidando Margot, Adelaide, Bione e Kael sem lote.
Além deles, DJs de festas já consagradas como a Festa DIP, que fomenta a cena noturna recifense abrindo espaço para DJs iniciantes e LGBTQIA+, vem com em um feat com GUEROS, projeto artístico do caruaruense Jonata Gueiros, com produções que misturam vertentes do house music, como o acid house, vocais/elementos de funk e outras sonoridades brasileiras e o BAILE DO MARLEY, que convida Rayssa Dias e Gui da Tropa.
“A música eletrônica se amplia quando percebemos a sua forte presença nos movimentos oriundos das periferias e das coletividades negras e/ou latino americanas. A partir disso, a gente consegue enxergar o surgimento de uma nova onda sonora-musical que tem dado protagonismo às musicalidades surgidas desses movimentos, mesclando novos estilos do hip hop, dos funks brasileiros, do techno ao brega”, complementa Libra.
Palco Som na Rural – “A Rural de Roger de Renor é um marco da cena cultural pernambucana, ocupando as ruas da cidade e amplificando essa vocação do recifense de fazer cultura fora do palco convencional. Representando como nenhum outro palco essa conexão do festival com o que há de mais novo na cidade” pontua Benke Ferraz, curador do palco.
A abertura da programação do festival acontece neste palco em tom de celebração da diversidade musical com atrações que representam o interior de Pernambuco. Mun Há, Maeve e os Junkie Brodis se juntam em um showcase que marca o encerramento da primeira edição da Incubadora Musical de Pernambuco – projeto que promoveu mentorias e gravações de 10 artistas do interior do estado. Além deles, o palco vem focando em novidades musicais da região e nomes como Dersuzalá e Lado Fim do Mundo fazem suas estreias em palcos recifenses.
Dois dos nomes mais promissores da cena sergipana se juntam na Rural pra fazer uma apresentação que promete marcar os presentes. Cidade Dormitório e Tóri estão num momento muito especial, ambos lançaram singles recentemente que demonstram o amadurecimento dessa cena rock de Aracaju. Da junção Venezuela/Goiânia, vem o noise pop da dupla Carabobina que lançou durante a pandemia seu primeiro disco e vem abrindo shows de artistas como Boogarins e Letrux.
Outro duo a se apresentar no palco é a banda de grindcore Test. “O Test era uma vontade antiga do festival. Eles acabaram de voltar de uma turnê norte-americana, mas fizeram nome levando seus equipamentos em uma Kombi, com turnês Brasil adentro e não precisando de um palco convencional para impressionar.”, pontua Benke.
Sustentabilidade e Acessibilidade – Por trabalhar com diversas iniciativas de responsabilidade ambiental, o festival No Ar Coquetel Molotov voltará a ter neste ano o Selo Evento Neutro de Responsabilidade Compartilhada. As emissões de carbono de toda a programação do evento serão quantificadas e compensadas com uma calculadora de emissões on-line para o público poder acompanhar. Em parceria com a Eccaplan, cada tonelada de CO² emitida no festival será compensada com a compra de 1 crédito de carbono de projetos brasileiros certificados valorizando a “mata em pé” incentivando a preservação e o não desmatamento de áreas verdes.
O No Ar tem ainda a crescente preocupação em torná-lo 100% acessível. Nesta edição, o Coquetel Molotov terá uma lista PCD gratuita, além de intérpretes de libras no palco. É um festival que se orgulha de ser um evento “Women e LGBT Friendly” e que vem trabalhando a cada ano com ações de acessibilidade e inclusão com a inserção de pessoas trans no mercado de trabalho na área cultural.
Na Laje – A parceria de três anos com a Feira Na Laje se estende para mais esta edição. O projeto traz a curadoria de produtos criativos de pequenos produtores de Recife e João Pessoa nos segmentos de decoração, autocuidado, moda, armazém, papelaria, jardinagem e artes.
Coquetel Molotov Negócios 2022 – De 16 a 18 de novembro acontece mais uma edição do evento voltado para o business do mercado musical, com um foco no intercâmbio e fortalecimento dos empreendedores locais. “Esta é a 4ª edição do Coquetel Molotov Negócios e é uma grande oportunidade para artistas de todo o estado de Pernambuco mostrarem seu trabalho para compradores de todo o Brasil, além de participarem de diversas mesas e oficinas gratuitamente”, conta Ana Garcia, diretora do festival. “Estamos trazendo questões bem atuais do momento e é a primeira vez que convidamos outros profissionais e produtores como Lenne Ferreira e Mau Spinelli para a curadoria dos Pitchings.”
E na penúltima semana de novembro, o Coquetel Molotov volta ao interior de Pernambuco realizando mais uma edição do festival na cidade de Belo Jardim, onde tradicionalmente leva oficinas, apresentações e outras atividades. Na “Terra de Músicos”, o No Ar realiza shows gratuitos no dia 26 de novembro.
Patrocinadores – O Festival No Ar Coquetel Molotov conta com patrocínio da Natura Musical, Prefeitura do Recife e Companhia Editora de Pernambuco e apoio cultural da Moura, Edital Cultura Circular do Oi Futuro e British Council, Embaixada da França no Brasil, Som Na Rural, Gordons Gin, Smirnoff, Jack Daniels, Moka, Trend Mídia, Eccaplan e Livre De Assédio. Faz parte da Mídia Oficial a Revista Continente, Minuto Indie, Eu Curto Recife, Hipster Recifense, Frei Caneca Fm, O Grito!, Popline.Biz, Universitária 99.9 Fm, Mapa dos Festivais, Vamos Falar Sobre Música?, S.O.M e Mídia Ninja. O No Ar Coquetel Molotov também faz parte da Abrafin e é filiada à WME Equidade de Gênero e Keychange. A venda oficial é pela Sympla e a realização do festival é da Coda Produções. A 19ª edição do No Ar Coquetel Molotov vai muito além da música, prometendo uma experiência imersiva única e ao ar livre, em 12 horas de evento.
“Ao apoiar festivais como o Coquetel Molotov buscamos alavancar o impacto positivo social e econômico da música brasileira. Para isso, entendemos que apoiar festivais regionais é decisivo para essa finalidade. Os eventos estimulam todo o ecossistema da música, graças ao seu potencial de formar público e criar pontes entre artistas e audiência”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding Natura.
Para o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello, “No mês em que comemoramos um ano do título de Cidade Criativa da Música, conquistado junto à Unesco, a efervescência recifense é quase um presente neste aniversário. Um bom exemplo do quanto essa celebração vai mostrar nossa intensidade e diversidade musical, merecidamente premiada, é o Festival No Ar Coquetel Molotov. É muito simbólico e importante a nossa cidade se confirmar um espaço de festa, tradição e celeiro do novo. Que se faça mais este feliz encontro, para todas as gerações e manifestações da nossa música”.
SERVIÇO:
19ª edição do No Ar Coquetel Molotov Dia 19 de novembro, no Câmpus da UFPE
Palco Coquetel Molotov
17h00 – Léo da Bodega participação Bia Salu
18h10 – Budah
19h20 – Melly
20h30 – Tasha & Tracie
21h40 – Giovani Cidreira
23h00 – Letrux participação Supla
00h10 – Don L
01H20 – Os Neiffs
02h30 – Flora Matos Palco Natura Musical
16h20 – Orquestra Jovem de Pernambuco com participação de Karina Buhr
17h30 – Djuena Tikuna
18h40 – Ivyson participação Louise França
19h50 – Marcos Valle
21h00 – Jovem Dionísio
22h20 – Jup do Bairro
23h30 – Rico Dalasam
00h40 – Psychotic Monks
01h50 – UANA Palco Kmkaze
16h00 – Festa Dip convida Gueros
18h00 – Taxidermia
19h05 – Makeda
21h10 – MC Carol
22h10 – Brasil Grime Show convida Margot + Adelaide + Bione + Kael Sem Lote
23h10 – Glor1a
00h10 – KENYA2OHZ
02h10 – Baile do Marley convida Rayssa Dias + Gui da Tropa
03h10 – Miss Tacacá Palco Som na Rural
18h00 – Sy Gomes performance
18h20 – Incubadora apresenta: Mun Há + Maeve + Junkie Brodis
19h20 – Carabobina
20h30 – Lado Fim do Mundo
21h30 – Dersuzalá
22h40 – Test
23h40 – Cidade Dormitório participação Tóri Ingressos:
Quarto lote até dia 15: R$ 100 (meia), R$ 110 (social) e R$ 200 (inteira)
Quinto lote: R$ 110 (meia), R$ 120 (social) e R$ 220 (inteira)
À venda no Sympla e BarChef (RioMar Shopping) Patrocínio: Natura Musical, Prefeitura do Recife e Companhia Editora de Pernambuco
Apoio: Moura, Edital Cultura Circular do Oi Futuro e British Council, Embaixada da França no Brasil, Som na Rural, Gordons Gin, Smirnoff, Jack Daniel’s, Moka, Trend Mídia, Eccaplan e Livre de Assédio
Cerveja Oficial: Devassa
Mídia oficial: Revista Continente, Eu Curto Recife, Hipster Recifense, Frei Caneca FM, O Grito!, Poline.Biz, Universitária 99.9 FM, Mapa dos Festivais, Vamos Falar Sobre Música?, S.O.M e Mídia Ninja
Filiação: ABRAFIN, WME Equidade de Gênero e Keychange
Venda Oficial: Sympla
Realização: Coda Produções
Mais Informações: www.coquetelmolotov.com.br | @noarcm
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