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Mulheres em Conselho melhoram a tomada de decisão das empresas?

Para engajar mais mulheres em conselhos, o LIDE Mulher traz para o Recife, Christiane Aché, diretora do pós MBA ABPW da Escola de Negócios Saint Paul, que tem a formação de mulheres para conselhos como um de seus propósitos. Christiane é conectora de pessoas, mentora, investidora anjo, cofundadora da certificadora WOB entre outras atividades, vai falar sobre liderança de mulheres e inovação em conselhos de administração. O encontro para 60 líderes, irá acontecer na próxima segunda, às 12h, no Restaurante Voar, em Boa Viagem.

Em 2018, 9,4% dos postos em conselhos de administração das empresas brasileiras eram ocupados por mulheres, segundo o Spencer Stuart Board Index Brasil. Em 2019, eram 10,5%. Em 2020, 11,5%. O avanço existe, mas é tímido: nesse ritmo, apenas em 2050, no cenário mais otimista, é que as mulheres estarão sentadas na mesma quantidade de cadeiras que os homens.

A média global, neste momento, é significativamente superior: 20% de cadeiras ocupadas por mulheres, segundo o relatório CS Gender 3000, produzido pelo banco Credit Suisse. Na Alemanha, o percentual alcança 28%. Na França, 43%. A busca por equidade de gêneros traz benefícios: as corporações com lideranças femininas em altos cargos alcançam resultados até 20% melhores, segundo o relatório Women in Business and Management: The Business Case for Change, desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho e que comparou 70 mil empresas de 13 países. Os efeitos positivos são sentidos principalmente em produtividade, rentabilidade, criatividade e inovação. Entre os entrevistados, 57% perceberam melhorias na reputação.

“Além de proporcionar resultados palpáveis, as conselheiras mulheres podem ser a porta de entrada para os outros tipos de diversidade, seja geracional, racial, social ou de expertise”, afirma Christiane Aché, que atua como conselheira em diferentes empresas, startups, e associações, além de dirigir o pós MBA de desenvolvimento de mulheres para conselhos na Saint Paul Escola de Negócios, o Advanced Boardroom Program for Women (ABP-W). “O conselho ideal, em minha avaliação, é aquele com a maior diversidade possível”, explica a executiva que possui mais de 35 anos de experiência e reforça ainda que o resultado da presença feminina ficou ainda mais visível durante a pandemia: “Corporações com mulheres em cargos de alta liderança se mostraram mais proativas e mais socialmente responsáveis”, finaliza a executiva.

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