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Pernambucanos são os que mais apostam na poupança no Nordeste para render suas economias

Considerada o investimento preferido dos brasileiros, a caderneta de poupança tem maior apelo em Pernambuco entre os estados nordestinos, segundo levantamento realizado pelo Santander Brasil. Esse segmento concentra 26% da carteira local. O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes do Banco entre janeiro e junho de 2023 ante o mesmo período do ano passado.

Quando observado todos os estados brasileiros, Pernambuco fica em quarto lugar, atrás do Acre (42,54%), Roraima (28,86%) e Amapá (26,04%). No período estudado pelo Santander, os pernambucanos apresentaram um crescimento de 4% nos investimentos na poupança.

Esse crescimento foi inferior ao de renda fixa tradicional, na qual a alta, em Pernambuco, alcançou 20%. O desempenho reforçou o protagonismo desse segmento entre os investidores pernambucanos. É nele que se encontra maior faixa de concentração de investimento, chegando a 29,4% Em contrapartida, a renda variável, que se caracteriza como de risco superior, sofreu uma queda de 19%. O desempenho segura esse segmento como um minoritário no estado, fechando em 1,9%

PERFIL NACIONAL

No cenário nacional, mesmo com a taxa de juros permanecendo inalterada em 13,75% por um longo período no Brasil, investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores neste primeiro semestre do ano. Levantamento realizado pelo Santander Brasil mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).

A renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período nacionalmente: 17%, saltando de 32% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 37,5% de janeiro a junho de 2023.

Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 28% em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: 5% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 2% e 14%, respectivamente.

Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 9,15% para 6,36% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 2,06% para 1,26% do total; previdência, de 33,2% para 32,41%; além dos ativos de crédito privado de 1,29% para 1,02%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,12% para 3,45%.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço nacionalmente, passando de 20,94% do total do portfólio em junho de 2022 para 19,72% em junho deste ano.

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